segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Garantindo o uso adequado dos recursos de rede

Nada mais constrangedor para um administrador de rede (e para a empresa como um todo) do que ter seus recursos indisponíveis no momento de maior necessidade. Por exemplo, não conseguir concluir uma transação eletrônica porque seus acesso à Internet está muito lento, não por causa do seu provedor, mas sim, pelo uso indiscriminado de sua Internet. Os Proxy, que controlam que tipo de acesso é permitido ou não, ajudam, mas não fazem o controle do tráfego permitido. E como garantir que o pessoal de uma determinada filial não fique sem trabalhar porque alguém está utilizando o link  para assistir vídeos, mesmo que pertencentes à empresa, e consumindo todas largura de banda disponível ? Assim, neste post, iremos descrever algumas técnicas utilizadas para garantir a banda necessária para o bom funcionamento da empresa, sem restringir o acesso aos demais serviços.

Traffic Shaping, ou gerenciamento de tráfego, controla a largura de banda disponível e define a prioridade do tráfego processado por uma política, visando controlar o volume de tráfego (limitação de banda) ou a taxa que o tráfego é enviado (limitação de taxa). Traffic Shaping tenta normalizar picos de tráfego e rajadas para priorizar determinados fluxos em detrimento de outros. 

A abordagem básica para o gerenciamento do tráfego é priorizar determinados fluxos de tráfego sobre outro, cujo descarte deste é potencialmente mais vantajoso. Isto significa que você aceita sacrificar certo desempenho e estabilidade do tráfego de baixa prioridade, para aumentar ou garantir o desempenho e estabilidade do tráfego de alta prioridade. Se, por exemplo, você está aplicando as limitações de largura de banda para determinados fluxos, você deve aceitar o fato de que estas sessões podem ser limitadas e, portanto, ter um impacto negativo para os usuários.

Qualidade de Serviços (QoS)

Qualidade de serviço (QoS) é a capacidade de ajustar alguns aspectos de qualidade do seu tráfego global da rede. Isso pode incluir técnicas como filas e policiamento de tráfego com base na prioridade. Como a largura de banda é finita e alguns tipos de tráfego são sensíveis ao uso da banda, QoS pode ser uma ferramenta útil para otimizar o desempenho das diversas aplicações na rede.

Antes de implementar QoS, as organizações devem primeiro identificar os tipos de tráfego que são importantes para elas, os que usam grandes quantidades de largura de banda, e os que são sensíveis à latência ou perda de pacotes. Por exemplo, uma empresa pode querer garantir a largura de banda suficiente para a receita produzida pelo tráfego proveniente de e-commerce. Assim, ela precisa garantir que as transações possam ser concluídas e que os clientes não sofram com atrasos e interrupções dos serviços. Ao mesmo tempo, a empresa pode precisar garantir baixa latência para o tráfego de voz sobre IP (VoIP) utilizado pelas vendas e suporte ao cliente, enquanto a latência  pode ser menos crítica para o sucesso de outras aplicações de rede, tais como transferência de arquivos. Muitas organizações descobrem que QoS é especialmente importante para o gerenciamento de sua voz e streaming de tráfego multimídia. Estes tipos de tráfego podem consumir rapidamente a largura de banda e são sensíveis à latência.


Como foi visto, é possível garantir o mínimo de recursos suficientes para que as aplicações críticas para o negócio não sejam interrompidas. Existem ferramentas pagas que são úteis, principalmente, para grandes corporações, e outras "livres" que fazem bem o seu trabalho, mas que podem não ter limitações ao trabalhar com um alto volume de tráfego. A escolha vai depender das necessidades da empresa, bem como da sua capacidade financeira. Até mais.

Fontes: 

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