Nada mais constrangedor para um
administrador de rede (e para a empresa como um todo) do que ter seus recursos
indisponíveis no momento de maior necessidade. Por exemplo, não conseguir
concluir uma transação eletrônica porque seus acesso à Internet está muito lento,
não por causa do seu provedor, mas sim, pelo uso indiscriminado de sua
Internet. Os Proxy, que controlam que tipo de acesso é permitido ou não,
ajudam, mas não fazem o controle do tráfego permitido. E como garantir que o pessoal de uma determinada
filial não fique sem trabalhar porque alguém está utilizando o link para assistir vídeos, mesmo que pertencentes à
empresa, e consumindo todas largura de banda disponível ? Assim, neste post,
iremos descrever algumas técnicas utilizadas para garantir a banda necessária para o bom funcionamento da empresa, sem restringir o acesso aos demais serviços.
Traffic Shaping, ou gerenciamento
de tráfego, controla a largura de banda disponível e define a prioridade do tráfego processado por uma política, visando controlar o volume de tráfego (limitação de banda) ou a taxa que o tráfego é enviado
(limitação de taxa). Traffic Shaping tenta normalizar
picos de tráfego e rajadas para priorizar determinados fluxos em detrimento de
outros.
A abordagem básica para o
gerenciamento do tráfego é priorizar determinados fluxos de tráfego sobre
outro, cujo descarte deste é potencialmente mais vantajoso. Isto significa que
você aceita sacrificar certo desempenho e estabilidade do tráfego de baixa
prioridade, para aumentar ou garantir o desempenho e estabilidade do tráfego de
alta prioridade. Se, por exemplo, você está aplicando as limitações de largura
de banda para determinados fluxos, você deve aceitar o fato de que estas
sessões podem ser limitadas e, portanto, ter um impacto negativo para os
usuários.
Qualidade de Serviços (QoS)
Qualidade de serviço (QoS) é a
capacidade de ajustar alguns aspectos de qualidade do seu tráfego global da
rede. Isso pode incluir técnicas como filas e policiamento de tráfego com base
na prioridade. Como a largura de banda é finita e alguns tipos de tráfego são sensíveis ao uso da banda, QoS pode ser uma ferramenta útil para otimizar o
desempenho das diversas aplicações na rede.
Antes de implementar QoS, as
organizações devem primeiro identificar os tipos de tráfego que são importantes
para elas, os que usam grandes quantidades de largura de banda, e os que são
sensíveis à latência ou perda de pacotes. Por exemplo, uma empresa pode querer
garantir a largura de banda suficiente para a receita produzida pelo tráfego proveniente
de e-commerce. Assim, ela precisa garantir que as transações possam ser concluídas
e que os clientes não sofram com atrasos e interrupções dos serviços. Ao mesmo
tempo, a empresa pode precisar garantir baixa latência para o tráfego de voz
sobre IP (VoIP) utilizado pelas vendas e suporte ao cliente, enquanto a
latência pode ser menos crítica para o
sucesso de outras aplicações de rede, tais como transferência de arquivos.
Muitas organizações descobrem que QoS é especialmente importante para o
gerenciamento de sua voz e streaming de tráfego multimídia. Estes tipos de
tráfego podem consumir rapidamente a largura de banda e são sensíveis à
latência.
Como foi visto, é possível
garantir o mínimo de recursos suficientes para que as aplicações críticas para
o negócio não sejam interrompidas. Existem ferramentas pagas que são úteis, principalmente,
para grandes corporações, e outras "livres" que fazem bem o seu
trabalho, mas que podem não ter limitações ao trabalhar com um alto volume de tráfego.
A escolha vai depender das necessidades da empresa, bem como da sua capacidade
financeira. Até mais.
Fontes: